[Mês da Mulher] Dona Ana

Maya, esse negócio de fazer posts ligados aos nomes das mulheres está indo longe demais. Prometa aos leitores que você não fará mais isso.

ANA CÉLIA GODA

Ana Célia de Mendonça Goda é graduada e licenciada em Letras pela PUC de São Paulo, pós-graduada em Administração e Organização de Eventos pelo SENAC e pós-graduada em Formação de Escritor – núcleo ficção no ISE.

Além de ostentar uma expressão de pura simpatia que dá uma vontade louca dar um abraço, Ana tem um currículo invejável, tendo passado por diversas organizações e casas editoriais.

Entre suas principais passagens profissionais, Ana cita o Círculo do Livro, atuando como revisora e editora-assistente, e Editora Melhoramentos, onde atuou como editora e gerente editorial.

Atualmente foca sua carreira na produção literária, escrevendo infantojuvenil, contos e novelas e oferecendo serviços de freelancer de redação de não ficção sob encomenda, leitura crítica, projeto pedagógico para editoras e autores independentes, organização de catálogos e redação de marketing editorial. Também prepara textos e oferece oficinas de escrita.

ANA FARRAH

Ana Farrah não tem papas na língua nem medo de se meter em polêmicas. Sua personalidade forte demonstrada nas redes sociais e refletida em sua literatura fez com que Ana fosse incluída na categoria de “escritora maldita” e ganhasse um grupo de fãs e outro de haters, ambos incondicionais. Mas Ana é muito mais do que a menina que se mete em encrenca quando pisam no seu calo.

O que talvez muitos não saibam é que Ana, acima de tudo, é uma menina doce e divertida procurando seu lugar no mundo. Na literatura ela já encontrou sua voz, nem sempre compreendida, mas começou a ser notada justamente porque seus textos passaram a figurar em blogs e revistas eletrônicas de literatura contemporânea no Brasil e em Portugal.

Das publicações, Ana participou da coletânea “Sete Pecados” e da antologia “Contemporâneas”, na revista Vidas Secretas. Publicou poemas no Livro das Tribos e é colaboradora da Mallarmargens. Próprios Ana publicou “Orquídea trepadeira e outras flores ordinárias” e “Os mortos do apartamento 21”.

Atualmente trabalha com estética e escreve no intervalo entre massagens. Seu terceiro livro, “Demônio de Pelúcia” já teve poemas publicados aqui no blog com altíssima aceitação do público, mas segue inédito buscando uma oportunidade de publicação.

ANA LÚCIA MEREGE

Certa feita, um ser humano difamou a minha pessoa para atacar esse humilde bloguinho, sem, obviamente, citar nossos nomes. Eu, obviamente, fiquei sabendo de tudo porque isso aqui é internet. Chegou ao meu conhecimento que uma bibliotecária da Biblioteca Nacional (meu sonho conhecer) tomou posição contra o ataque a mim feito, mesmo sem me conhecer ou saber a quem era direcionado.

Era ela, senhoras e senhores, Ana Lúcia Merege! Essa aquariana mochileira movida a café! Além de desvendar manuscritos na Biblioteca Nacional, Ana ainda é escritora de ficção fantástica. Sim, tem mulher escrevendo e sendo premiada em ficção fantástica.

Ana publica pela Draco, que é especializada no gênero, e tem no currículo a série de fantasia épica “Athelgard”, iniciada por “O Castelo das Águias”. Também organizou as coletâneas “Duendes”, “Excalibur” e “Magos”, e coorganizou “Medieval”, levando pelas duas últimas o Prêmio Argos de Ficção Fantástica.

Na área da pesquisa, publicou “Os contos de fadas: origens, histórias e permanência no mundo moderno”. Para além dos livros, tem tanto ficção quanto artigos sobre o gênero em diversas coletâneas e revistas. Trabalha também com mediação e divulgação literária, dá pra conhecer melhor o trabalho dela aqui!

ANA MOURA

Ana Maria de Moura, ou simplesmente Ana Moura, é potiguar nascida em Natal e reside há nove anos no município de Parnamirim, na Grande Natal.

Vinda de muitos anos como professora de inglês e, pasmem, do trabalho com contabilidade, Ana acabou cedendo à sua verdadeira missão: o magistério.

Atuando como coordenadora pedagógica em escolas públicas, Ana abraçou a educação, a experiência de leitura e de escrita e a paixão pela sala de aula. Infelizmente, pelas correrias da vida, a maior parte de suas poesias foi perdida ao longo das décadas, mas, através da Associação Literária e Artística de Mulheres Potiguares – ALAMP, ela reencontrou a motivação para retomar sua produção poética, já tendo participado de três coletâneas.

Ana ainda é membro da Academia Francesa de Cultura, escreve para a Revista Barbante e já foi homenageada pelas prefeituras de Natal, Parnamirim e Rio de Janeiro.

ANA LETÍCIA LEAL

Ana Letícia Leal é doutora em Letras pela PUC do Rio, cuja tese foi sobre a obra de Lygia Bojunga.

Como não podia deixar de ser, Ana é apaixonada por literatura e foca grande parte de sua produção para a literatura juvenil.

É justamente nesse gênero que estão quatro de seus cinco livros publicados – o quinto é um livro de memórias. Também no juvenil, foi finalista do Prêmio Jabuti em 2007 com o livro de contos “Meninas Inventadas”. Falando em contos, Ana foi finalista do concurso de Contos do Rio, promovido pelo jornal O Globo.

Atualmente Ana trabalha com revisão de textos e ministra oficinas de escrita criativa na Estação das Letras, no Rio de Janeiro, além de outros cursos na área.

ANA ROSENROT

Quem vê essa carinha sorridente e feliz não adivinha que Ana Rosenrot é membro de um coletivo chamado MALDOHORROR.

Mas essa não é a única coisa surpreendente no currículo da moça, que também parece ser super novinha e já é pesquisadora, escritora, editora, ativista cultural e cineasta independente.

Além do coletivo de escritores malditos citado acima, Ana também integra o coletivo Poetas del Mondo, do Chile, faz parte da equipe do Blog Concursos Literários (inclusive amo) e é criadora e editora da Revista LiteraLivre.

Agora olha que chique isso: já teve trabalhos expostos no Consulado Brasileiro da Suíça e no Principado de Liechtenstein. Se não bastasse, integrou antologias nacionais e internacionais e já foi agraciada com diversos prêmios, além de ocupar a cadeira de número 51 na AIL, Academia Independente de Letras (PE).

Entre suas publicações estão os livros “Cinema e Cult – Vol. 1”, “Três momentos – contos espíritas” e “o primeiro baile e outros contos”. No cinema não fica pra trás, tendo trabalhado em produções independentes premiadas em vários países.

ANA MARIA PIZANI

Graduada em Letras, Ana Maria Moreira Pizani é professora de redação, literatura e língua portuguesa em uma escola pública de Minas Gerais, usando seu espaço em sala de aula para transmitir sua paixão por literatura para os alunos e, quem sabe, formando novas gerações para o futuro da produção literária brasileira.

Embora não tenha nenhum livro formalmente publicado, Ana escreve poemas, romances e contos; é bom que se diga que ser ou não publicada não é o que torna alguém escritora ou não. Ana trabalha na propagação da palavra e escreve, é um belo conjunto para merecer uma homenagem digna.

Maaaaaas, saca só o plot twist (ou virada narrativa, como queiram): Ana publica poemas em um perfil do instagram chamado @escritosinvisiveis e romances lésbicos na plataforma Projeto Lettera.

Quem não é publicada, dona Ana?

ANA MAKOARTS

Ana é uma mulher de poucas palavras, até porque ela é designer e ilustradora, mas enfim.

Embora também realize trabalhos mais comerciais (usei o mais porque livros, querendo ou não, são feitos para serem vendidos), como design de embalagens, Ana se dedica há 3 anos à ilustração de livros infantis e diagramação.

Mas se engana quem pensa que seu pé na literatura é só visual. Ana também publica uma história em quadrinhos online sobre viagens chamada “A saga dos artistas viajantes”. Quadrinho pode ter pouco texto (haicai também e ninguém contesta que é poesia), mas também exige desenvolvimento de narrativa e personagens.

E sim, temos mulheres nos quadrinhos. Mas como a Ana trabalha muito mais com o visual, vou deixar o trabalho dela falar por si; espiem o portfólio da moça aqui!

ANA CAROLINA RAMOS

Ana Carolina Marques Ramos ainda é uma menina e não carrega o mesmo currículo de tantas mulheres que apresentei por aqui – nem teria dado tempo, ela só tem 20 anos – mas vive uma fase de tentar vencer o medo de mostrar o que faz, algo que a maioria de nós enfrentou um dia também. Exatamente por isso, tudo o que ela produziu até hoje está escondido do mundo. E também exatamente por isso a convidei para estar aqui.

Ana é filha de advogados, cresceu cercada de termos jurídicos e detesta essa profissão com todas as forças. Ela nasceu pras artes. Começou a tomar gosto pela escrita com 10 anos, considerando mágica a possibilidade de se criar de sua própria cabeça uma história totalmente nova.

Apesar do amor pela escrita, Ana entrou para o curso de design, mas, como uma coisa não impede a outra, quem sabe aparecer por aqui encoraja a Ana a abrir suas gavetas literárias?

ANA DOS SANTOS

Não sei vocês, mas eu olhei pra essa foto e senti uma serenidade imensa.

Ana dos Santos é escritora, mas mais do que espalhar suas ideias por aí, ela espalha palavras que representam sua cultura, seus ancestrais e seu futuro, que ela ajuda a construir em sala de aula, ministrando a disciplina de literatura.

Mas não para por aí, a escritora e mestranda em Letras ministra uma oficina sobre escritoras negras brasileiras, amplificando vozes que foram mantidas caladas por séculos.

Ana é mais uma agente ativa na propagação da literatura, da arte, da voz oprimida para que ela alcance novos rumos, novas consciências e, quem sabe um dia, esse trabalho cause um imenso impacto na sociedade.

BÔNUS: ANNA COM DOIS “N”

ANNA APOLINÁRIO

Anna Apolinário faz aniversário um dia antes que eu (não que isso tenha alguma relevância para vocês, mas enfim).

Paraibana, se diz feiticeira das palavras, o que aliás, combina com seu estilo.

Agora vem meu porém totalmente particular: a minibio que ela mandou está tão perfeitamente adequado a quem ela é que me soa um tanto desrespeitoso que eu reescreva do meu jeito.

Então, nas palavras de Anna: “Celebra a poesia feita por mulheres e trucida o patriarcado com o Sarau Selváticas, sussurra alucinações no elenco das Senhoras Obscenas”. Adorei.

Publicou os, nas palavras dela, “grimórios poéticos”, “Solfejo de Eros”, “Mistrais” que foi agraciado com o Prêmio Literário Augusto dos Anjos, “Zarabatana”, “Magmáticas Medusas” e “A chave selvagem do sonho”.

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E assim encerrou o post que eu (não) prometi ser o último relacionado ao nome das mulheres.

#Maya

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